Na Quinta-feira Santa, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
Sempre que houver celebração com óleo, deve estar à disposição do ministro uma jarra com água, bacia, sabonete e toalha para as mãos.Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos.
Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia.
O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal.
São abençoados os seguintes óleos:
Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.
Todos os sacramentos têm como centro o próprio Jesus Cristo. Ele realizou gestos concretos em favor da vida. Assim, os sacramentos são sinais visíveis, concretos e eficazes da presença do amor de Deus.
Batismo: o sacramento da dignidade.
Jesus disse: “Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19).
Os símbolos água, óleo, vela, veste nova nos falam da vida de Deus e de seu amor a cada ser humano e, ao mesmo tempo, que somos acolhidos como membros em uma comunidade.
Crisma: sacramento da responsabilidade.
“Pedro e Paulo impuseram as mãos sobre os samaritanos e eles receberam o Espírito Santo” (At 8, 17).
São dois os sinais da crisma: imposição das mãos - consagração ao Espírito Santo - e a Unção - sinal da cruz, na testa com óleo santo.
Eucaristia: sacramento da vida
Jesus tomou o pão, agradeceu a Deus, partiu o pão e distribuiu aos discípulos, dizendo: “Isto é meu corpo, que é dado a vocês” (Lc 22, 19).
Os símbolos são pão e vinho que Jesus usou numa refeição. Ele quer saciar a fome e a sede de todos que o buscam.
Reconciliação: Sacramento da convivência.
Jesus tranqüiliza a pecadora na casa de Simão: “Teus pecados estão perdoados” (Lc 7, 48).
O sinal da cruz traçado sobre nós significa que Jesus nos perdoa e nos ama eternamente.
Unção dos enfermos: Sacramento da esperança.
Jesus ama os doentes e pecadores. Perdoa os pecados e restitui a saúde ao paralítico de Cafarnaum. “Os teus pecados estão perdoados. Levanta-te, toma o teu leito e anda” (Mc 2, 9).
O óleo é o símbolo usado, significando Cristo que alivia a dor e restitui a vida.
Ordem: Sacramento do serviço.
Jesus lava os pés dos discípulos. Coloca-se a serviço de todos.
“Eu lavei os seus pés; por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros” (Jo 13, 14).
Os símbolos são: o óleo que unge e consagra para o serviço a Deus e aos irmãos. A estola lembra o avental com que Cristo lavou os pés dos discípulos e simboliza a autoridade de Cristo para servir o povo.
Matrimônio: Sacramento do amor
Jesus participa de uma festa de casamento. “No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia, Jesus e sua mãe estavam aí” (Jo 2, 1).
O maior símbolo é a promessa de fidelidade que um declara ao outro. A aliança é a confirmação eterna desta promessa. A bênção e a imposição das mãos testemunham a presença de Deus na vida do casal e, portanto, reafirma a bênção e a santificação da união na família.
Os sacramentos dão força e coragem, ânimo e inspiração para uma vida mais cristã. Eles acompanham as diferentes etapas do ser humano.
Na vivência dos sacramentos, nos tornamos seguidores mais autênticos e corajosos de Jesus e imitando-o seremos verdadeiras testemunhas de seu amor.
Através de cada sacramento Jesus nos confirma: “Eu vim para que todos tenham Vida e Vida em abundância” (Jo 10, 10).
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A Unção dos Enfermos é a cura. A doença nos mostra que somos limitados. A doença é também sinal de nossa falta de fraternidade, de nosso pecado. Deus cura a doença e a raiz da doença. Deus está presente em nosso esforço de arrancar o mal pela raiz. É o que celebramos na Unção dos Enfermos.
Pela sagrada Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, a Igreja toda entrega os doentes aos cuidados do Senhor sofredor e glorificado, para que os alivie e salve. Exorta os mesmos a que livremente se associem à paixão e à morte de Cristo e contribuam para o bem do povo de Deus.
Antigamente, o Sacramento da Unção dos Enfermos era chamado Sacramento da extrema-unção dos Enfermos, foi trocado o nome, pois muitos vinham a caracterizá-lo como o "sacramento da morte", não sendo bem assim. Inúmeros são aqueles que já receberam o Sacramento da Unção dos Enfermos mais de duas vezes e estão vivos até hoje.
Um importante requisito para a realização do Sacramento é a vontade do doente querer recebê-lo, ou seja, não adianta a família querer impor algo que o próprio doente não deseja (isso não vale só para esse Sacramento, mas sim para todos os outros).
A Unção dos Enfermos é a cura. A doença nos mostra que somos limitados. A doença é também sinal de nossa falta de fraternidade, de nosso pecado. Deus cura a doença e a raiz da doença. Deus está presente em nosso esforço de arrancar o mal pela raiz. É o que celebramos na Unção dos Enfermos. A Unção dos Enfermos é o sacramento da salvação total, do corpo e do espírito ao mesmo tempo. É o sacramento da esperança, porque ajuda o doente a entregar-se confiante nas mãos de DEUS.
Jesus sempre teve um grande carinho pelos doentes. Quando os judeus os desprezavam, porque consideravam a doença um castigo de DEUS, Ele acolhia com amor e os curava.
"E passando Jesus, viu um cego de nascença. Os seus discípulos perguntaram-lhe: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: nem ele nem seus pais, mas foi para se manifestarem nele as obras de DEUS." (cf. Jo 9, 1-3).
O Senhor ressuscita renova este envio e confirma, através de sinais realizados pela Igreja ao invocar seu nome:
"Quando colocarem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados" (cf. Mt 16, 18).
O Matrimônio é o amor. Ninguém consegue viver sem a presença e a amizade de outras pessoas. Ninguém está sozinho. No casamento, essa amizade é repartida entre o marido e a mulher: é repartida entre o casal e os filhos, e com a comunidade onde vivem. O mais difícil do amor é permanecer firme nele. Só Deus mesmo é capaz de ser, sem defeito, fiel e amoroso. Quando o casal é fiel no amor, é um grande sinal de Deus. Deus está presente no amor do casal. Quem acredita nisso pode casar na Igreja.
"A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor." Deus nos fez para a felicidade, não nascemos para viver sozinho, mas sim com uma companhia. O Pai quando criou o homem, deu à ele uma companhia: Eva. Deus também acrescentou: "Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne" (Gn 2, 24).
Esse ato de se juntar com o sexo oposto para juntos viverem em uma só carne é o próprio Sacramento do Matrimônio. Este é um Sacramento de Serviço (junto com a Ordem), através dele nos unimos ao sexo oposto para juntos construirmos uma família. O Matrimônio é uma doação total ao outro e à Deus, somos chamados a construir uma família cristã, com pensamentos retos e morais.
O Sacramento do Matrimônio é uma das grandes obras divinas, que foi criado para o Amor Familiar. A Família é o grande investimento que Deus criou, é através dela que se educa cidadãos retos procurando a imitação de Cristo Jesus.
A Penitência é a volta. Quase todo dia a gente cai e se levanta. Pequenas quedas e grandes tombos. Ninguém quer ficar no chão. Deus sempre dá a mão para a gente se deixar reconduzir. No sacramento da Penitência celebramos a coragem de pegar de novo na mão de Deus e voltar a andar no caminho dele, que é o caminho da irmandade.
Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo é reconciliado com a Igreja que feriram pecando e com Deus, e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações. A confissão consiste em um sacramento instituído por Jesus Cristo no qual o sacerdote perdoa os pecados cometidos depois do batismo. Sobre o sacramento da Confissão, devemos analisar o seguinte:
Os homens pecam.
Diz a Sagrada Escritura: "Não há homem que não peque" (Ecl 7, 21). "Aquele que diz que não tem pecado faz Deus mentiroso" (1 Jo 1, 10).
É necessário obter o perdão desses pecados.
"Nesta porta do Senhor, só o justo pode entrar" (Sl 117, 20). "Não sabeis que os pecadores não possuirão o reino de Deus?" (1 Cor 6, 9). Portanto, para entrar no Reino de Deus, é necessário obter o perdão dos pecados.
Nosso Senhor instituiu um sacramento.
Qual é o meio que existe para alcançar o perdão dos pecados? Nos diz São João: "Se confessarmos os nossos pecados, diz o Apóstolos, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e purificar-nos de toda injustiça" (1 Jo 1, 8). A confissão não é nova, já existia no Antigo Testamento, mas foi elevada à dignidade de Sacramento por Nosso Senhor, que conhecia a fraqueza humana e desejava salvar seus filhos. No dia da ressurreição, como para significar que a confissão é uma espécie de ressurreição espiritual do pecador, "apareceu no meio dos apóstolos... e, mostrando-lhes as mãos e seu lado... lhes disse: A paz esteja convosco. Assim como meu Pai me enviou, eu vos envio a vós. ...soprando sobre eles: recebei o Espírito Santo... Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 21, 21-23).
A confissão deve ser feita a um padre.
Sem a vontade de se confessar com um outro homem, o pecador demonstra que seu arrependimento não é profundo, pois ele não se envergonha mais de ofender a Deus do que de expor sua honra. No fundo, ama a si mesmo mais do que a Deus e pode estar cometer um outro pecado, ainda mais grave, contra o primeiro mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas.
Contrição
A Contrição consiste em pedir o perdão de seus pecados por amor de Deus. A atrição, por sua vez, consiste em pedir o perdão dos pecados por temor do inferno. Contrição (chamada de contrição perfeita) apaga os pecados da pessoa antes mesmo da confissão. Todavia, só é verdadeira se há a disposição de se confessar com um padre. Cada pecado é um ato de orgulho e desobediência contra Deus. Por isso "Cristo se humilhou e tornou-se obediente até a morte, e morte na Cruz" (Flp 2, 8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer o perdão. Por isso ele exige de nós este ato de humildade e de obediência, na Confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E, conforme a sua promessa: "Quem se humilha, será exaltado, e quem se exalta, será humilhado" (Lc 18, 14).
O que é necessário para ser eficaz uma confissão?
● Exame de consciência;
● Ter arrependimento;
● Propósito de não recair no pecado e de evitar as circunstâncias que o favoreçam;
● Confessar-se sem omitir nada;
● Cumprir a penitência estabelecida pelo confessor.
A Crisma é a força de Deus. Nós só conseguimos viver porque Deus nos dá essa força. Essa força de Deus é o Espírito Santo agindo em nós. Na Igreja, a experiência de nossa vida é celebrada no sacramento da Crisma. A Crisma é o sacramento do cristão que está amadurecendo na fé.
Juntamente com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos "sacramentos da iniciação cristã" cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária à consumação da graça batismal. Com efeito, pelo sacramento da Confirmação "os fiéis" são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras. Durante a primeira vinda de Cristo sobre a Terra, Ele prometeu aos seus apóstolos o Paráclito (advogado, defensor). Jesus também promete o Espírito Santo para nós, e nos é concedido através do Sacramento da Confirmação. A Crisma também é chamado Sacramento da Confirmação, pois através dele confirmamos o nosso Batismo que recebemos na maioria das vezes quando criança. No sacramento da Crisma recebemos os dons do Espírito Santo: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Piedade, Ciência e Temor de Deus. Eles são dons que nos aproximam de nossa vocação: a Santidade. Quando recebemos o Espírito Santo e nos abrimos inteiramente à graça sacramental não agimos em nós, mas sim o próprio Deus nos usa de instrumento e agi em nós. Por isso podemos considerar o crismando uma pessoa com grandes responsabilidades. O mesmo Deus que os apóstolos receberam no dia de Pentecostes é o mesmo que recebemos no Sacramento da Crisma, por isso a mesma autoridade que eles tinham ao anunciar a Palavra de Deus é a mesma que possuímos. O dia em que nos crismamos é sem dúvida o dia de nosso Pentecostes. Onde o Espírito Santo nos é enviado para transformar e santificar. As transformações do Espírito Santo são nitidamente vistas na Bíblia. Observe: Vamos dar o exemplo do apóstolo Pedro. Antes do dia de Pentecostes era um pescador de pouca instrução, medroso, incrédulo e infiel. Quando se passou o dia de Pentecostes, melhor dizendo, logo ao sair do cenáculo onde o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos e Maria, ele realizou um discurso que prova o poder do Espírito Santo (At 2, 14-41). Podemos até duvidar se realmente era o mesmo Pedro pescador e incrédulo. Foi a partir daí que a Igreja se firmou, ou seja, foi através do Papa São Pedro que a Igreja de Jesus Cristo surgiu.
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"O Batismo é o nascimento. Como a criança que nasce depende dos pais para viver, também nós dependemos da vida que Deus nos oferece. No Batismo, a Igreja reunida celebra essa experiência de sermos dependentes, filhos de Deus. Pelo Batismo, participamos da vida de Cristo. Jesus Cristo é o grande sinal de que Deus cuida de nós".
O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão.
“O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra”.
Quando recebemos o Sacramento do Batismo, transformamo-nos de criaturas para Filhos Amados de Deus.
O profeta João Batista, primo de Jesus, que veio ao mundo para preparar os caminhos para a vinda do Messias, foi quem batizava as pessoas para a vinda de Cristo (Mc 1, 2s). Ele sabia que o seu Batismo era temporário, pois logo depois dele viria o seu primo Jesus que batizaria no Espírito Santo.
Quando o batismo é válido?
O batismo é ordinariamente válido quando o ministro (bispo, presbítero, diácono) - ou, em caso de necessidade qualquer pessoa (batizada) - derrama água sobre batizando, enquanto diz: "N..., eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Isso supõe a fé em Jesus Cristo, pois sem a fé o batismo não passa de uma encenação.
Jesus disse aos discípulos: "Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês" (Mt 28, 19-20).
O Batismo é o sacramento da comunhão de todos no Cristo.
Para que existe o Batismo?
Adão e Eva pecaram gravemente, desobedecendo a Deus, querendo ser iguais a Deus. Foram, por isso, expulsos do Paraíso. Passaram a sofrer e a morrer. Deus castigou-os e transmitiu a todos os filhos de Adão, ou seja, a todos os homens, o pecado original. Mas Deus prometeu a Adão e Eva que enviaria seu próprio Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que seria igualmente homem, para morrer na Cruz e pagar assim o pecado de Adão e Eva e todos os outros pecados.
Mas não basta que Jesus tenha morrido na Cruz. É preciso ainda que essa morte de Jesus seja aplicada sobre as almas para que elas reencontrem a amizade de Deus, ou seja, se tornem filhos de Deus e tenham apagado o pecado original. Foi então para aplicar seu Sangue derramado na Cruz sobre nossas almas que Jesus instituiu o Sacramento do Batismo.
Quando foi que Jesus instituiu o Batismo?
Jesus instituiu o Batismo logo no início da sua pregação, quando entrou no rio Jordão para ser batizado por São João Batista. O Batismo de João não era um Sacramento. Só quando Jesus santifica as águas do Jordão com sua presença e que a voz do Pai se faz ouvir: "Este é meu Filho bem amado, em quem pus minhas complacências", e que o Espírito Santo aparece sob a forma de uma pomba (foi então uma visão da Santíssima Trindade), é que fica instituído o Batismo.
Essa instituição será confirmada por Jesus quando Ele diz a seus Apóstolos: "Ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."
Matéria e Forma
Jesus instituiu, então, o Batismo e determinou que seria usada a água como matéria desse Sacramento. Foi também Jesus quem determinou a forma: "Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém." O rito da Batismo consiste assim em derramar água na cabeça da pessoa que vai ser batizada, ao mesmo tempo em que se diz a forma. Mas só isso não basta. É preciso ainda que o ministro tenha a intenção de fazer o que faz a Igreja Católica no Sacramento do Batismo.
A Santa Igreja acrescentou também diversas orações preparatórias que completam a cerimônia. Quem já assistiu a um Batismo sabe que o Padre usa o sal bento, o óleo dos catecúmenos, o Santo Crisma, entrega a vela acesa aos padrinhos, veste a roupa branca no batizado e, principalmente, para que o pai da mentira nem se aproxime do batizado.
O Ministro do Batismo
O ministro do Batismo é o Padre. É ele quem recebeu de Deus o poder de trazer a Fé ao coração da pessoa batizada, tornando-a filha de Deus. Mas pode acontecer que seja preciso batizar às pressas alguém. Se não houver um Padre por perto, qualquer pessoa pode batizar, desde que queira fazer o que a Igreja Católica faz no Batismo, que use água e diga as palavras da forma do Batismo.
Além da pessoa que está sendo batizada, do ministro que batiza, há também, na cerimônia do Batismo, os padrinhos, que seguram a criança. Normalmente escolhe-se para padrinhos um homem e uma mulher. Eles devem ser bons católicos, pois a função dos padrinhos é dar o exemplo, ajudar aos afilhados a aprender o Catecismo, a rezar, a conhecer e amar a Deus. São os padrinhos que respondem no nosso lugar as perguntas que o ministro faz durante a cerimônia.
Os efeitos do Batismo
O Batismo nos dá, pela primeira vez, a graça santificante, que é a amizade e a presença de Deus no nosso coração. Junto com a graça recebemos o dom da Fé, da Esperança e da Caridade, assim como todas as demais virtudes, que devemos procurar proteger no nosso coração. Apaga o pecado original. Apaga os pecados atuais e todas as penas ligadas aos pecados. Imprime na nossa alma o caráter de cristão, fazendo de nós, filhos de Deus, membros da Santa Igreja Católica e herdeiros do Paraíso. Nos torna capazes de receber os outros Sacramentos.
Nos sete sacramentos temos uma riqueza imensa, onde Deus se revela através de simples símbolos, sinais e gestos.
Diz A. Beckäuser: “O importante é que deixemos os símbolos falarem, que demos vida a eles, pois eles podem falar de Deus, de Cristo, de nós mesmos e de nossos irmãos. Mas, não querem falar apenas dessas realidades e sim comunicar-nos com elas”.
Distribuir para os participantes, em pequenas fichas, nomes de símbolos que falam algo de Deus e da vida:Água, luz, pão, vinho, aliança, semente, barca, chave, cruz, cálice, estrela, fermento, fogo, flores, fonte, fruto, lâmpada, mar, mão, nuvens, óleo, pedra, porta, rede, sal, sol, sino, tenda, veste, vento, vaso...
a) Que significado eles têm para nossa vida?
b) Quais os que se relacionam mais com os sete sacramentos? Por quê?
Jesus manifestou através de sua vida a vontade salvadora do Pai. Suas palavras, gestos e ações foram e são, ainda hoje, salvadores.
Por isso, Ele é o sacramento do Pai. Nele celebramos os sete sacramentos. Estes se situam no contexto da realidade humana: alegrias, lutas, sofrimentos, alianças, preocupações... Jesus salva o ser humano como um todo e quer que viva com intensidade.
Então, existe uma conexão total entre a salvação realizada por Cristo, os sacramentos, e também com a experiência humana.